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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Brrrrr...

É galera, hoje foi foda... a casa encheu, e ficou cheia praticamente o dia todo. Muita correria, muito cansaço, muito estresse. Vontade de ir embora, crises do tipo "que porra eu to fazendo aqui?" e "que merda isso!". Mas no fim, sempre acabo lembrando que eu escolhi isso, que eu quis viver isso pra saber como é, que eu quis sentir, experimentar, viver como outras pessoas vivem... e com isso tudo, aprender coisas novas. Garanto que já dou mais valor a muitas coisas, mas principalmente, ao tempo. O tempo que perdemos ou gastamos é precioso demais para ser desperdiçado desse jeito... e isso fica cada dia mais claro para mim.

Por outro lado, também estou aprendendo o valor do meu trabalho, o valor do esforço, do suor, do empenho, da vontade de continuar.

Amanhã eu trabalho... inclusive durante a virada. Vai ser uma experiência diferente.

To cansado, vou dormir.

Até o ano que vem!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Bizarras

Ufa!

Felizmente, por uma jogada do destino, consegui uma net "em casa". Não vem ao caso como, mas funciona.

Desde meu último post aconteceu muita coisa (duh, faz tempo pra caralho também). Distribui meu currículo e recebi várias propostas (algumas até imediatas), cheguei a trabalhar alguns dias de graça como "teste", mas no fim, acabei indo trabalhar num restaurante/petiscaria/cachaçaria na beira da praia.

Não vou contar muita coisa hoje porque estou morrendo de sono. Aliás, eu não tenho feito muita coisa além de trabalhar e dormir. Então vou me ater ao essencial.

Faz 15 dias já que estou trabalhando lá e ficarei até o dia 15 de janeiro. Está muito corrido, eu entro as 9h30 e não tenho horário certo para sair... pode ser meia-noite ou 2h, como hoje por exemplo... então já deu pra sentir o drama né?


De interessante, o que posso dizer? Bom, eu trabalho bem de frente pro mar, de chinelo, bermuda e camisa florida :P Sou copeiro lá, ou seja, faço os drinks, tiro chopp, lanço as bebidas no balcão, mantenho o balcão livre e claro, lavo MUITO copo. Mas fora isso também tenho que abastecer os freezers no final do dia, limpar a copa, ajudar a abrir e fechar a casa, organizar estoque, limpar banheiro, etc, etc, etc. Fora isso quebro um galho de garçom quando precisa ou também dou uma mão na louça quando a coisa aperta demais (não tem ninguém que faça só isso, então quando a casa "pega fogo" eu saio da copa, um garçom assume e eu vou pra cozinha lavar louça para liberar as duas cozinheiras para que elas possam cozinhar apenas). E por aí vai...

Fora isso, trabalhei no dia 24, trabalhei do dia 25.... e vou trabalhar no dia 31. Fiquei doente, mas não fui o único. Muita gente por aqui ficou/está, deve ser algum tipo de virose do mal que atacou geral... do pessoal que eu convivo, uns 80% pegou e ficou mais ou menos mal (no sentido de que todos ficaram mal, alguns mais, outros menos.... :P).

Vou dormir agora porque amanhã vai ser paulera de novo. Quando sair mais cedo e menos cansado vou dar mais notícias.

Beijos e abraços.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

De nuvem em nuvem, um sol de vez em quando

Oi gente...

É, não aconteceu muita coisa por aqui desde meu último post, quer dizer, não no que diz respeito a trabalho. É por isso que estou na Lan agora, para imprimir meu "curriculo" e sair por ai panfletando minhas parcas "qualificações" e meu número de telefone.

To passando uns perrengues chatos, mas prefiro não comentar sobre isso. De resto, tudo vai razoavelmente bem. Um pouco parado, começando a ficar tedioso, mas bem.

Hoje faz exatamente um mês que cheguei aqui, então acho que posso decretar o fim oficial de minhas férias. Ou pelo menos, da minha assumida total e completa falta de vontade de trabalhar. Acho que já tá na hora de pôr a mão na massa... :P

Mesmo com minha total falta de compromisso em ser parte novamente da classe proletária (e consequentemente, com uma fonte de renda), eu estou me sentindo maravilhosamente bem. Tive o tempo e espaço que queria para pensar em muita coisa, colocar muitas idéias no papel (ainda que seja um virtual e metafórico), definir sonhos e objetivos, descobrir o que quero, fazer as pazes comigo mesmo. E assumir tudo isso, tudo o que quero e pretendo fazer. Ao mesmo tempo, reconhecer tanto minhas qualidades como minhas deficiências. Prestar atenção em como me relaciono com as pessoas, o que tenho a oferecer...


Enfim, não me arrependo em nada das escolhas que fiz até agora. Como eu disse antes, não acho que eu vá encontrar aqui o que estou procurando. Mesmo porque, eu praticamente defini o que é que eu tenho que procurar na última semana e com certeza não é aqui que eu vou encontrar... Piçarras não é um destino, um objetivo, é um começo. E como todo começo, toda iniciação, tem lá suas dificuldades, seus desafios.

Por hora é só. Vou me esforçar para postar pelo menos 2 vezes por semana. A hora que não tiver muito mais coisa pra contar, aí começo a postar só as coisas que tenho escrito.

Antes de me despedir de novo, vou responder alguns comentários:

Tati: I'm SO sorry!!! Esqueci de te mandar o número de novo, mas já resolvi isso, olha suas mensagens do Face.

Antonio: se machucou no kung-fu? Poxa cara, tem que tomar cuidado hein! Não que eu tenha muita moral pra falar alguma coisa, já que eu entrei num mar violento da porra sabendo que podia tomar O caldo.

Cammy: eu realmente nunca me preocupei ou me importei com o fato das pessoas entenderem ou não a minha "proposta", mas que bom que vc está compreendendo melhor. A única coisa que eu queria é que elas respeitassem minha(s) decisão(ões), o que de fato aconteceu, então eu já fiquei feliz com a história toda desde o início. Mas é realmente confortante ser compreendido e, claro, amado. Com toda a licensa poética do meu lirismo, serei piegas: também estou com saudades infinitas.

Gui: cara, fico realmente contente que minhas palavras sirvam de conforto e possam te acalmar. Vejo que já está de férias, então acho que agora você está em outra "pegada" e tudo o que você menos quer agora é parar. Então te desejo muito ânimo, disposição, alegria, curtição, bagunça e, claro, amigos - sempre.


Agora chegou a hora dos agradecimentos e considerações finais antes da obra da vez:

Primeiro, antes de tudo, a todos que tiveram problemas em me ligar ou mandar mensagem, etc, seja no número daqui ou no de SP, explico que eu também tive problemas, principalmente com o número de SP. Enviei mensagens que não chegaram e também não recebi algumas que me enviaram. O número daqui dá menos problema, mas o sinal não é uma maravilha (quem fala comigo no tel sabe) e a rede/sistema às vezes dá umas mancadas... uma vez coloquei crédito e juro que demorou 2 DIAS pra cair... então peço desculpa por essas trapalhadas (embora a culpa não fosse minha, mas anyway). Na verdade, peço desculpa mesmo pela minha ausência e às vezes demora em responder.

Em segundo lugar, muito obrigado a todos pelo apoio, pelo carinho, por tudo. Realmente me conforta e me dá mais ânimo. Queria poder retribuir melhor...

Então é hora. Vou postar um poema um pouco antigo, de outubro ainda, mas inédito por aqui.
Beijos e abraços a todos!




Devaneio

A onde pertenço?
Há um lugar que eu possa chamar de meu
Lar.

Ser visto, mas não percebido.
Um ídolo anônimo,
Ou andarilho notável?

Méritos ignóbeis
A créditos sobejos.
Valores irrisórios.

Muita lenha para pouco fogo
Ou uma taça pequena demais?

Enigma,
A primeira verdade.

Certeza,
Sofisma exato.

Vazio,
O dogma.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pirraça, um segundo olhar

É galeris... Valeu pelos comentários, vou guardar no fundo do meu coraçãozinho pequeno.

Antes de mais nada, peço desculpas pelos inúmeros erros de português (grafia principalmente), pois quando postei da última vez além de atrapalhado e com pouco tempo, eu estava ligeiramente torpe, aí já viu né, a coisa desanda...

Bom, de notícias acho que a única que importa é: eu só tô me fudendo aqui. É verdade. O trampo no restaurante vai mal, porque eu trabalho como extra e só sou chamado quando há demanda. Semana passada nem fui trabalhar. Quer dizer, isso não é completamente ruim, mas sem trampo, sem grana.

Estou me virando aqui pra arranjar outra coisa e conseguir me garantir. Não estou tão aflito porque a temporada já vai começar e, mesmo que sem "garantias", as minhas chances de conseguir outros trabalhos pra tirar minha grana aumentam consideravelmente.

Tem muito doido aqui, chega até ser engraçado. Eu acho que vim para contribuir com essa estatística nessa pequena cidade  de Santa Catarina... Anteontem por exemplo, estava caindo o maior toró e eu resolvi ir tomar banho de chuva na praia! MAS, é claro que estando na praia, não poderia deixar de entrar no mar, que estava, digamos, de mau humor. Resultado: entre caldos, vacas e alguns jacarés muito divertidos, tombei e tomei A VACA, bati a cabeça e fui arrastado de cara na areia. Sai ofegante e quase sem ar, andando que nem um velho sem seu tubo de oxigênio. Quase achei que ia ficar paraplégico (meio exagero, mas juro que na hora pensei isso) tamanho foi meu capote e o fato que eu bati direto com a cabeça e meu pescocinho de galinha virou. Estou com dores no corpo inteiro, principalmente no pescoço e coluna, mas acho que voltarei a andar.


Aliás, uma coisa que eu tenho feito bastante é tomar banho de praia à noite. Eu acho que eu até gosto mais do que de dia. E fumar na praia, como já tinha comentado com o Chu, é uma das melhores coisas que existe (dentro do universo tabagistico, quero dizer).


Ah, queria falar tanta coisa, mas me falta saco (e tempo na Lan). Vou encerrar por aqui e vou deixar uma das primeiras coisas que produzi aqui em Piçarras. Não tá lá grande coisa, pra variar, mas é o que saiu por enquanto... Vou tentar postar de novo semana que vem. Beijos a todos.




Trinta e seis graus

Arde sem que se perceba,
Queima sem piedade.

A maré cuida da sorte,
As ondas levam e trazem.

Mesmo assim, nem toda a Água
Do Oceano, é párea para tal calor.

A brisa acalma, apenas
Disfarça o inevitável.

No rosto, nas mãos, nos pés,
Sinais da inconsequência e do descuido.

Deixar ser tomado pelo fervor,
Pela euforia,
Pelo prazer,
Pela admiração ingênua,
Causa dor e arrependimento.

Uma história que sempre se repete.
A toda ocasião, o mesmo jargão:
“Desta vez eu aprendo!”.

Dias de dor
E noites sem dormir.

A cabeça ainda quente,
As marcas no corpo, a se recompor.

O marasmo e a marola,
O mormaço que condena.

Depois do baque
A culpa, o arrependimento.

Recluso para se preservar.
A adaptação.

Mais um recomeço forçado.
A pele velha e machucada
Descasca, caí e vira pó.

Novas rugas no rosto.

O Sol é fascinante,
Belo, imponente.
Impiedoso.
Dá vida, ao mesmo tempo consome.
É Soberano,
Mas indiferente com quem o aprecia.

É preciso desfrutar com moderação
E cuidado
Sempre.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pirraças... melhor dizendo Piçarras

Pessoal,

Cheguei bem.

Ficar sem internet por quase uma semana foi meio ruim por um lado, pois queria conversar com algumas pessoas, mas por outro lado, foi muito bom. Tirei pequenas férias desse mundo virtual e esquirito que é a Internet, fui pra praia me queimar um pouco (literalmente, estou descascando até agora). Já trabalhei 4 dias no restaurante, tirei uma grana (que já gastei boa parte), fui numa baladinha/rave chamada Hali Bai, que rolou simultaneamente em Piçarras, Garopaba e Porto Belo. Foi bem... peculiar. Mas foi divertido pra caramba. E é muito bom sentir a brisa no meio da brisa do amanhecer na praia. :P

Em relação às coisas aqui, tá tudo mais ou menos tranquilo.

Não tenho muito pra contar por aqui na verdade, tenho mais é anedotas divertidas, mas que requerem apresentação oral e ao vivo para que façam sentido.

Mas resumindo algumas coisas divertidas: atravessar a rua (literalmente) para ir trabalhar, dormir e acordar tarde é uma coisa normal, 3 minutos de caminhada e já se está na praia! Além disso, fumar e beber cerveja com o pé na areia... Ir dormir com a brisa do mar. Puta vida chata gente!

Ainda estou me acostumando com tudo. As ruas, as pessoas, o jeito de falar, as marcas locais, as figuras da cidade. E também andar sempre de bermuda e chinelo... e sentir todo dia a brisa levemente gelada, mas gostosa do mar. Pessoas andando de bicicleta para todos os lados. Cada esquina, cada ladeira... A areia da praia e a cor do mar. É até engraçado, pois às vezes sinto que estou de férias... será que uma hora essa sensação passa?

Além desses detalhes, há as coisas maiores, como me adaptar a um emprego diferente, outro ambiente e rotina de trabalho, outro lar. Dividir a casa com mais pessoas que não sejam sua família. Pagar absolutamente todas as contas. Está sendo uma experiência divertida por enquanto. Quero ver é quando a porca torcer o rabo!

Acho que por enquanto é isso... ando tenho vários pensamentos, sonhoso devaneios. Voltei a ler. Ainda não produzi nada concreto desde que cheguei, mas ando tendo várias idéias que preciso guardar em alguma folha de papel.

Quero escrever algo essa semana já e tentarei postar até semana que vem.

A vida é muito boa, de verdade. Não digo aqui especificamente, digo no geral. Eu acho que não vou encontrar aqui o que eu vim procurar. Mas isso eu já sabia. O importante é ter a certeza de que a busca será prazerosa e será tão valiosa quanto o prêmio. Ou melhor, que o valor do prêmio é proporcional ao valor da busca!

Mesmo assim, é um excelente começo de busca.

Bom, vou me despedindo por aqui. Vou ver se me organizo melhor para postar aqui.
 Já passei meu número da TIM para algumas pessoas, mas se não passei, me mande uma msg no meu numero de SP que eu envio.

Beijos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma nova Era

Isso aqui tem andado meio estranho. Não sei de fato se tenho algum leitor ou não. Se tiver, peço que por favor se manifeste em algum momento! Ainda continuarei postando, mas me sentiria melhor se soubesse que escrevo para que alguém leia. Me dá mais ânimo pensar que estou compartilhando algo, afinal, um blog serve para isso, não? Se não fosse assim, escreveria em um arquivo solitário de Word ou uma folha de papel perdida por algum canto e bastaria.

Não quero holofotes, nem elogios (mas seriam bem-vindos, claro). Quero pensar que isso ainda tem algum sentido. E por isso eu vou me esforçar em manter esse blog mais ativo.

Por muito tempo (uns vinte anos aproximadamente) me mantive recluso. Recluso de tudo. Agora eu quero compartilhar. Nem que seja uma brevidade, uma futilidade, apenas um pensamento, um pequeno devaneio, um desabafo, o que seja.

Estou mudando. Mudando meus hábitos. Mudando de ares, de crenças. Estou abandonando, ainda que aos poucos, velhos preconceitos, mágoas e medos. Abro mão de meus apegos, e me apego mais à vida.

E uma das mudanças que vou fazer, um dos desapegos que eu vou praticar é o nome do blog. Por muitos anos o "torpência, nirvana, coma consciente" foi mais um mar de desabafos do que qualquer outra coisa. Uma vez, não lembro ao certo o porquê da ocasião, mas escrevi a história do blog. (nota: achei, tá aqui: http://mitsuohara.blogspot.com/2008/10/rise-from-ashes.html )

E por mais que fosse assim, ele foi o meu templo, meu porto, minha aventura.

Eu escolhi esse nome porque queria que o blog fosse um lugar "pretensiosamente despretensioso". Aqui deixei parte do torpor moral ou emocional em que minha vida se baseou, e também as confusões arquitetadas pela minha mente indecisa. Aqui registrei pequenos momentos de lucidez e de loucura, de felicidade e desespero, raiva e agonia, mas também de amor.

Este foi meu berço de euforia e depressão, onde cresceu meu apego pelo "coma consciente" - a languidez do espírito, o auto-abandono, a auto-piedade e auto-compaixão. Esse foi o palco de atos mirabolantes de narcizismos enrustidos, de empreitadas pseudo-intelectuais e de coisas menos úteis.

Mas também não posso negar que foi aqui que exerci o grande hábito de me reconhecer, de conseguir olhar para mim. Aqui fiz o que tive vontade de fazer sem pensar muito na opinião dos outros. Fui um pouco mais gentil comigo mesmo. E um pouco mais honesto.

Não que não goste do blog, pelo contrário. É medicina, um tônico. É minha religião: posso não "praticar" fervorosamente todo dia, mas é algo em que creio plenamente, que me dá ânimo e me inspira. O que quero mudar não é o blog em sí, seu conteúdo ou a forma como escrevo. É simplesmente minha relação com ele. Quero que este blog seja a partir de agora uma expressão de uma parte de mim. Uma parte que quer se comunicar, ser vista e compartilhar. E quero que seja pela vontade de compartilhar que meus dedos afiram a força e a delicadeza necessárias nas palavras que deixarei por aqui. Não quero mais que seja pela dor ou pelo anseio de livrar-se do sentimento de escravidão da mente e da alma. Quero que deixe de ser minha voz passiva para se tornar minha voz ativa, que de confessionário se torne cúmplice.

Por isso a partir de hoje, o nome do blog vai ser “sobre delícias do gab”.

Explico: tentei juntar tudo o que foram esses seis anos escrevendo (ainda que em intervalos) para o torpência, nirvana, coma consciente. E quero manter a essência disso. Por outro lado, não quero ficar preso à idéia de viver constantemente torpe e lânguido. Mesmo assim, sei que este lado ligeiramente “pessimista” da vida foi inspiração em muitos momentos – e em muitas vezes, ainda guia minha visão de mundo. Mas também aprendi a ser mais feliz, mais contente, mais livre, mais espontâneo. E não quero abrir mão de nenhuma das duas coisas. Decidi viver na constância da realidade, na busca do equilíbrio, na paciência, na aceitação.

E eu realmente gosto da idéia de isso ser um caos ordenado de todo tipo de pensamento. Aí tentei exaustivamente achar uma frase, ou um termo, ou um jogo de palavras que para mim, estivesse à altura do nome original do blog, mas sempre me frustrava. Então pensei em como expressar tudo isso de uma vez só. E foi aí que veio: delicias.

E delicias, por incrível que pareça, é um acrônimo para: devaneios, epifanias, lisergia, ímpetos, contos, idiossincracia, anseios, sutilezas. Mas resolvi deixar em mínusculas e sem pontos mesmo, para que também não deixasse de ser a palavra que é: sensação efêmera (e por muitas vezes, intensa) de prazer; deleite, gozo; coisas simples que despertam êxtases complexos.

E o que significa em termos práticos para o blog? Não muuuuita coisa. Vou deixar este blog para postar mais o que considero como “produção artística/intelectual”. Ou seja, vou postar aqui o que achar que tem alguma relevância poética (mesmo sem ser poesia), algo que incite uma reflexão, aquilo que eu acredite que mereça ser apreciado. Pode ser um pequeno devaneio, uma grande epifania, uma lisergia torpe e incoerente. E tudo isso pode vir por meio poesia ou prosa. O que vale é compartilhar minha visão particular do mundo, seja sob ímpetos violentos ou sutilezas sublimes.

O resto – coisas do dia a dia, relatos, inutilidades e besteiras – eu vou criar um outro blog. A príncípio não pretendia separar as coisas, achava que seria interessante essa dualidade entre "vida e arte", mas acabei decidindo que eu queria que este blog (ex-torpência, nirvana, coma consciente) tivesse um objetivo, um foco, um propósito. Para todo o resto existe Master... quer dizer, o outro blog que ainda não defini.

E também porque assim consigo segmentar melhor os leitores de cada um. Quem quiser saber sobre as trivialidades da minha vida, entra no outro, quem quiser conferir o que ando produzindo, entra aqui. Quem se interessar por tudo, entra nos dois. Ponto.

Fácil.

Andei enviando o endereço desse blog para algumas pessoas e pedindo para que lessem, mas obtive pouco ou nenhum feedback sobre isso. Se você leu isso, por favor, deixe um comentário, só para eu saber que você existe e que leu. Não precisa elogiar, bajular, criticar, nem nada – embora eu aprecie qualquer resposta e opinião, é só deixar um oi.

Se quiser aproveitar e comentar sobre as mudanças que tenho feito, seria agradável.

Por ora é só...

Abraços

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Escárnio Federal


Escárnio federal

Empunham estandartes fátuos.
Escrevem números falhos.
Estampam falsas esperanças.

Espalham fé fervida em fel,
Espremido do seio feudal.

Expressam falácias extensas,
Eufemismos de fatos aferidos.

Ferem escrúpulos,
Estancam a fé.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Trying to keep the pace


Faz um tempo considerável que não posto nada aqui. Quer dizer, este ano ainda tenho escrito aqui mais do que nos anos anteriores, mas mesmo assim, pela proposta de manter isso constantemente atualizado, eu quase cometi uma atrocidade.

A verdade é que há coisa demais acontecendo na minha vida agora, em todos os sentidos, tempos, lugares, ocasiões possíveis. E há coisa demais acontecendo na minha cabeça também. Mas do que eu imaginei que pudesse acontecer, mais do que eu já pudesse ter achado que aconteceu qualquer dia. É muita coisa mesmo. E não é só em quantidade, é de qualidades das mais variadas e também, na grande maioria das vezes, em doses intensas.

Eu queria ter escrito mais. E ter postado mais também. Eu até tenho escrito algumas coisas em papel, no computador mesmo e também em outra modalidade que venho adotando: no celular (para quando não tenho mais onde escrever mas não posso/quero deixar uma idéia escapar). Mas foi tanta correria, tanta loucura – e por que não dizer, nesse momento, um pouco de falta de inspiração – que eu não tive cabeça pra postar nada aqui. Mas eu pensei. E quis, prometo.

Enfim, recebi um e-mail hoje de uma amiga que simplesmente ADORO. É alguém bem muito verdadeiramente importante na minha vida. Vi ela anteontem e conversamos muito, mas muito mesmo, sobre diversas coisas – coisas da vida. E apesar da conversa maravilhosa, ontem parece que ficamos os dois um pouco “tristes”. Hoje ela me enviou um texto/carta que ela escreveu e que eu achei simplesmente sensacional. Me tocou profundamente, inclusive por ser extremamente apropriado para a conjuntura. Mais tarde, com a autorização dela, pretendo posta-lo aqui.

Enquanto isso, decidi escrever algo eu mesmo. Não é nada muito profundo, nem muito bem escrito, nem muito intenso, mas é sincero, e acho que isso é o que mais importa. Então lá vai:

As Luas

Diversos tempos,
A Sabedoria
Da mudança.

A impermanência,
A Lei.

Ação contínua,
O perfeito do inexorável.

O mistério,
O imprevisível.

A sabedoria,
Farol que guia a portos seguros.

A força,
Mover marés.

A graça,
Dar alma à brisa.

A beleza,
Serenidade e imponência.

Assume
Cores,
Tamanhos,
Formas.

Tantas fases
E faces,
Mas sempre
A mesma.

Tamanho poder
Desperta
Fascínio e respeito.

Força da atração.
Seguir o fluxo
E ter seu centro.

Revolução.

Ciclos.
O mesmo brilho
Ilumina corpos,
Projeta sombras,
Revela
Ser completo.

Constante inconstância,
A flexível inflexibilidade da Natureza.

O Movimento,
A versatilidade
Dá vida.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cura


Cura

Sentou-se mais uma vez,
Igual a outras tantas.
Era diferente, sentia,
Apesar de igual.

Não chorou lágrimas contidas
Pois não havia mais.
Não abdicou da fúria,
Mas deixou o câncer consumi-lo
E depois o devorou.

Se alimentou lascivamente
Dessa dor pungente, cruel,
Viciante.

Dela se nutriu até satisfazer
Seus sonhos, seu medos.
Estava farto.

Olhava o mundo pelos mesmos olhos,
Sentia o frio e o calor pela mesma pele.
Ouvia as mesmas canções e ruídos.
Saboreava amargura e doçura com a mesma língua.

Sorveu tudo.
Deixou a chuva molhar.
Não correu, nem buscou abrigo.

Tragou cada cigarro
Como tragava o amor
Da boca de suas mulheres.

E então levantou.

Começou a caminhar
Com a mesma lentidão
Dos primeiros dias em que engatinhou.

Sentiu o cheiro do mundo
E sorriu.
Sorriu com o fígado,
O pâncreas e os rins.
Até o pulmão, cinza,
Sorriu.

Sorriu em um silêncio calculado,
Sem mexer um músculo
Dos lábios.

Limpou o rosto.
A cara suja da indiferença
Tornou semblante de avidez.

Cortou o que devia ser cortado.
Os dedos longos do abandono
Não o pertubavam mais.

Penteou o cabelo ralo
Que um dia ostentou loucura,
Rebeldia e medo.

Jogou velhos amuletos fora.
Não precisava mais deles.
E ornou-se com joías
Que julgou demonstrarem seu valor.

Sofreu um aperto no peito.
Decidiu que não seria o último,
Mas o primeiro.

Não tinha mais ilusões.
Seus medos ainda habitavam seu porão.
Mas resolveu abrir a gaiola que aprisionava
Seus sonhos.

(Queria voar
E estava disposto
A aprender,
Cair,
Levantar.

Plantou os pés no chão
Com convicção,
Precisaria deles para caminhar.

Conhecia a dura realidade
Do Mundo.
Bem como sua própria.

Havia encontrado
O otimismo em sua arte.)

...

Deu o nome certo às coisas.

Ponderou,
Agradeceu.

Era o mesmo,
Mas não igual.

Sabia que nunca estaria pronto.
O pronto é o feito.
Ainda havia muito a realizar.

Era a hora.
Partiu.


Dedico este a todos os meus verdadeiros amigos, aqueles que prezo, amo, confio, confesso. Aos novos e aos antigos. Aos que ainda mantenho contato e aos que, por puro e simples relapso, não converso há algum tempo. Não preciso citar nomes, porque não é necessário. Vocês sabem quem são, o quanto os admiro e o quanto são importantes - vocês são parte do que sou. Tomei a liberdade de inserir algumas referências, não é difícil reconhecer - algumas são bem literais, por assim dizer...

(Claro, não citei nomes também porque minha cabecinha é débil e não quero cometer injustiças nem bajular ninguém. E também porque quero ver pessoas fazendo doce! Hahahaha, eu sou mal.)

É isso. Abraços. Beijos. Sonhos.


Ps: não se sintam ofendidos, não ESCREVI para vocês, apenas dediquei, mas espero que puxar um pouco vossos sacos acomodados me renda algumas visitas. Ok, agora eu que to fazendo doce... Oh God.



segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dias claros

Dias claros

Acordei de uma noite sem sonhos,
Mas o dia foi pura ilusão.

Meus olhos não ouviam,
Meus ouvidos não enxergavam.

As luzes corriam,
Passavam por mim.
Só os vultos eu sentia.
Palpitou meu coração.

Escadas espirais,
Torciam minha mente.
Descentendes,
Meus joelhos em dor.

Um lar que deixei para trás.
Minha parede amarela,
Minha janela sem trinco,
Mais um teto não familiar.

Dias claros em câmaras escuras,
De sonos profundos,
De choros suados,
Em céus apagados.
Mais um chão sem telhado.

Quero me perder de novo
Nos cantos do esquecimento
Para afogar de vez
As mágoas do sofrimento.

Já não sei jogar
Meus próprios jogos.
Funâmbulo incorrigível,
Otimista deprimido.

Quero ver de novo
Pelo prisma de um sorriso
Dia claro de alegria,
De calor e nostalgia.

O Sol pela janela.

sábado, 18 de setembro de 2010

Scarpins, sinos, cigarros


Scarpins, sinos, cigarros

Dia qualquer,
Qual quer noite.
Ela morna,
De amenos sopros.

Linhas que espreitam,
Esperam certo
Êxtase contido.

A música boa.
Danças tímidas.
Feixes revelam
A silhueta,
Clara.

Três almas
Amigas, simpáticas.
Mãos dadas
Atadas.

Dois elos frágeis,
Um enlace.
Um espaço
Vazio.

Ombros que caem
Colos assíduso
Verbos apócrifos
Impulsos contidos.

Sussuro
Suspiro
Silêncio.

Socorro.

Atos esmeros.
Atos desesperados.
Atos sinceros.
Atos desperdiçados.
Atados.

Trilhas
Sem rumo.
Tropeços simulados,
Caídas, flagelos.

Dores insensíveis,
Insensatas.
Superáveis.

Ruas vazias.
Ruas difíceis.
Íngremes,
Impossíveis.

Áreas abertas.
Nenhum camínho
Visível.

Palavras trocadas,
Bocas que buscam
Constantes.

Trocadilhos errantes.
Os andarilhos de antes.

Gestos de compaixão.
Gostos por solidão.
Grifos de certa opinião.

Pedras no sapato.
Calos nas veias.
Rouquidão.

Nova mente
Dia.

Cinza azul.

Garoa de lágrimas
Quase secas.
Correm ao Sul.

Aprender-á
Apreciar o frio.

Calçados incômodos
Sob, traem.
Números incompatíveis,
Atrasos.

Aurora, sem mês
Outra hora, talvez.

Sapatos que servem
Apertados.
Um direito,
Outro por tê-lo.

Sobre linhas de cobre,
Ipês rosas
Descobrem
Manhãs de inverno.

Caminhada certa
Até o ponto.
Um ponto qualquer.
Um ponto que sirva.
Um ponto
Indivisível.

Os scarpins de ninguém.
O sino deles, uma sina quem sabe.
Os nossos cigarros.
As minhas palavras.

O meu ponto.
Etc.

domingo, 23 de maio de 2010

AAAAAAH

Meu, que deprê maldita...

Depois de um sábado sensacional, voltar pra casa naquele (nesse) domingo tedioso que antecede a maldita da segunda-feira é uma coisa um pouco deprimente.

Só pra resumir, fui para Piracicaba com uns amigos para ver a Virada Cultural Paulista lá (mais precisamente, o genial Yann Tiersen).

A saga começou na sexta à tarde. Fui mais cedo (e de carro) pro trampo pra poder sair mais cedo e depois ir para Jundiai. Peguei aquele transito maldito pra sair de Alphaville e demorei quase uma hora só pra conseguir chegar no Rodoanel. Depois foi tranquilo, uns 25 minutos até Jundiaí.

Cheguei lá, fomos comer um lanche e ficamos enrolando, enquanto esperávam mais uma pessoa que vinha de SP. No final das contas saímos de Jundiai quase 1h, depois de fazer mais um lanchinho no Mc.

Uma hora e pouquinho de estrada, com uma lua GIGANTE e sensacionalmente amarela (a là Majora's Mask), um puta céu estrelado lindo e um frio de rachar, chegamos às 2h15 mais ou menos em Piracicaba, onde iríamos ficar na república de um amigo.

Aproveitamos para passar na frente do Teatro Municipal, onde ocorreria o show, para ver se já tinha fila. Não tinha (ainda bem). Fomos para a república e nos preparamos para um pequeno, porém necessário cochilo, já que acordaríamos as 5h para fazer a fila dos ingressos, que começariam a ser distribuidos às 10h.

Dito e feito, deitamos por volta das 2h45, mas eu só consegui dormir mesmo por volta das 3h45, 4h... Acordamos as 5h15 e fomos pra lá fazer fila, todos remelentos e xexéus (hahaha).

Sorte a nossa, não tinha ninguém ainda e fomos os primeiros da fila! Armamos nosso acampamento por volta das 5h30 e começamos nosso teste de resistência fisica e psicologica para aquentar as quatro horas e meia de fila. Aos poucos apareciam uns grupos e uns gatos pingados, mas a fila só começou a se formar de fato a partir de umas 7h30. Depois das 8h a coisa já começava a ficar séria. Quanto mais próximo do horário de abertura da bilheteria, maior a fila ia ficando, em uma escala exponencial. As 9h45 a fila já dava volta em duas esquinas.

Foi um tumulto só. Gente reclamando, gente puta, gente cara-de-pau querendo furar a fila. Foi meio bizarro. A gente tava BEEEEEEEM tranquilo, afinal, éramos os primeiros e NINGUÉM ia furar na nossa frente. Mentira, pontualmente as 10h uma senhorinha (bem velhinha mesmo) simplesmente brotou do nada e do mesmo jeito que surgiu, do nada, se meteu na nossa frente. A gente deixou quieto, mas teve gente que foi falar com ela (!!!). A sorte é que ela estava indo retirar o ingresso para a Orquestra Piracicabana de Viola, evento das 18h30 que iria abrir oficialmente a Virada. Ufa! Se a velha fosse pegar os ingressos pro Yann, ia rolar porrada (por parte dos "vigilantes", hahaha).

A gente não conseguia parar de achar graça daquilo tudo. Afinal, só de chegar na frente e ser os primeiros da fila já sentíamos certo sentimento de realização. Depois de ver a fila quilométrica e gente desesperada (que chegou as 10h pra fila) chorando e xingando tudo e todos, a gente dava risada mesmo da estupidez alheia e não parava de brincar e comparar esses tipos com AQUELES famosos de uma certa sessão de autógrafos de uma bandinha ruim qualquer (veja aqui).

Voltando ao assunto, 10h em ponto os guichês abriram. Pegamos nossos 2 ingressos por cabeça, aos quais tínhamos direito e saímos com aquele puta sorriso nos rostos cansados e cheios de olheira, um orgulho no peito estufado e a sensação de um verdadeiro campeão que (eu imagino) que um lutador de boxe sente ao conseguir vencer, com esforço, a luta no último Round.

Saímos de lá mais do que felizes, satisfeitos, contentes, e qualquer outro adjetivo/sentimento/estado de espírito que pudesse expressar uma sensação única de realização. Metade de nossa missão ali estava cumprida. O orgulho era tanto que tivemos a cara de pau e o espírito de porco de ligar o som do carro no talo e colocar a J'Y Suis Jamais Allé e La Valse d'Amélie enquanto desfilávamos a volta olímpica com o carro antes de ir embora. Foi sacana, mas merecido, afinal, quase não dormimos pra pegar a maldita fila e fomos os primeiros, enquanto tinha gente que chegou as 10h e ficou choramingando que não ia conseguir ingresso.

Sacanagens à parte, estávamos quase voltando para a república quando sugeri dar uma volta e pegar os ingressos de outras atrações que veríamos. Na verdade, a gente foi mesmo para ver o Yann Tiersen, mas como já estávamos lá resolvemos que íamos tentar aproveitar nossa estadia em Pira e o fato de que era uma Virada Cultural e ver mais coisas. Pegamos a programação e montamos um roteirinho simples, que consistia em ver o D-Efeitos as 18h30 no SESC, A viagem de Villa-Lobos as 20h (tb SESC), o grande e sensacional Yann às 22h30 no Teatro Municipal e depois colar no Engenho e encerrar a noite com os Paralamas.

Depois de pegar os ingressos da Viagem de Villa-Lobos e dar um rolezinho pela cidade (entenda PERDER-SE ligeiramente), voltamos pra rep. Daí fomos almoçar e comprar um presentinho pra republica. Conseguimos finalmente sentar, respirar e ter algum sossego só as 14h30, quando resolvemos tirar aquela tão desejada e merecida soneca.

Eu mesmo não dormi mais do que uma hora, talvez por inquietação, por ansiedade, por desconforto (tinha capotado num sofá), pela barulheira (era uma republica, poxa) ou o mais plausível, a soma disso tudo.

O tempo não seguia seu curso natural naquele sábado (ontem, hehe), pelo menos não para os quatro intépridos aventureiros. Toda nossa noção de tempo estava alterada... parecia que já haviam passado uns 2 dias desde que chegamos para formar a fila até o momento em que fomos descansar. A minha soneca de uma hora parecia que havia demorado a tarde toda.

No final das contas, por enrolações, indecisões, bodes e um pouco de cansaço e falta de tempo, acabamos abortando os dois primeiros programas e resolvemos ir tranquilos (descansados, despreocupados, bem-alimentados e "calibrados") para o show do Yann.

Chegamos no TM às 20h40 e a fila ainda estava enorme, quase completando o perímetro do Teatro. Havia duas filas, uma para quem tinha conseguido pegar a senha de manhã (quando a primeira cota, de 20%, foi distribuida) e a gigante, para aqueles que ainda tinham alguma esperança de entrar. A essas horas, quem já tinha ingresso podia entrar e esperar no saguão até a sala ser liberada.

Pela empolgação (e ansiedade) da galera, a fila para entrar na sala acabou sendo avacalhada, e virou tudo um bolo só. Tava pior do que tentar pegar metrô na Sé em horário de pico. Uma idiotice, na minha opinião, já que os lugares eram marcados.... pra que tumultuar??? Isso e a organização um pouco precária atrasou em uma hora o início do show.

O show começou por volta das onze e meia (horário por aproximação, porque esqueci de ver a hora exata e só me toquei no meio da primeira música). Foi um show lindo, sensacional, MÁGICO.

Se eu estava chateado por ter tido experiências meia-bocas com shows nos últimos tempos, esse foi o melhor remédio que eu poderia ter pedido. O show foi assim de bom.

Não vou comentar sobre o show aqui, pois quero dedicar um post só para isso, coisa que eu não estou nem com saco, nem com tempo para fazer agora.

Depois de três "bises" (é esse o plural de bis?), saí do Teatro às 0h56. Foi uma hora e meia em que eu viajei pra outro planeta, hahahaha. Depois desse baque, com o cérebro frito, o maior sorriso no rosto e aquela sensação de "PUTAQUEOPARIUOQUEFOIISSOMEODEOS", não consegui pensar em fazer outra coisa a não ser fumar AQUELE cigarro com gosto de vitória (comparado jocosamente no momento com o famoso tabaco pós-coito, vulgo cigarrinho depois de uma trepada).

A noite morreu ali. Ninguém queria saber de mais nada. Eu sinceramente queria ter visto o resto do show dos Paralamas, porque uma noite tão boa não podia acabar. Mas a galera estava tão cansada e bom, na verdade, tão "de boa" depois daquele show que eu até entendo a vontade de não querer saber de absolutamente mais nada depois daquilo.

Fomos dormir por volta de umas 3h... aí, o resto é história. Acordar hoje cedo foi difícil... não era legal saber que uma coisa tão maravilhosa e incrível daquela tinha acontecido e que o resto do dia seria apenas um prelúdio para mais uma semana daquela mesma rotina acordar cedo/busão/tampo/chegar em casa cansado/dormir (*repeat).

É isso. Esse foi meu fds. Agora vou tentar dar uma arrumada no meu quarto e pôr as coisas em dia, afinal, a vida continua... Essa semana ainda escrevo sobre a experiência toda do show propriamente dito.

O que me dá ânimo é saber que esse fds vou ter outra pegada dessas, mas isso fica pra mais tarde também.

Boa semana.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Iron Man

Vi o Homem de Ferro 2 esses dias. Sensacional o filme...

Bom, eu tinha escrito um texto introdutório falando sobre arte, entretenimento e cultura, sobre meu modo de interpretar as coisas e bla bla blá, mas no final das contas achei um pouco demasiadamente prolixo (texto meu prolixo? bah...) e um pouco chato e pedante demais, então resolvi "cut the crap" e ir direto ao assunto. Aliás, essa é uma abordagem extremamente coerente com o filme: "simples" e direto, mas funciona.

Então vamos lá... my opinions about Iron Man 2! Yey!

O filme é cheio de explosões, efeitos especiais e coisas tanto "hi-tech" do mundo real quanto coisas meio "sci-fi", mas o legal é como isso tudo "blend" legal no filme. Sabendo que é baseado em uma história em quadrinhos (o que supõe certo nível de fantasia e coisas incríveis), tudo é colocado de uma forma razoavelmente plausível, ainda mais para a nossa realidade de hoje, bem diferente da época em que a primeira edição do homem-lata (circa 1963) foi lançada. Isso é bom porque mesmo com todo toque de surreal, o filme é, na maior parte do tempo, crível em suas maluquices. E mesmo nas coisas mais exageradas, é fácil relevar, "relaxar e gozar" e curtir a ironia (han, han?) de ser tão legal assim mesmo por esse exagero de surrealismo.


O filme começa exatamente onde termina o primeiro, e não tem um monte de frescurada contando o que aconteceu no meio tempo entre um filme e outro, simplesmente, porque é assim, na lata. O roteiro, conciso e direto, na maior parte das vezes serve basicamente para mostrar os milhões de efeitos especiais, umas 7 "suits" (leia "armaduras"), um exército de mechas com o tipão do homem-de-lata e claro, muita mulher, muito carro, muito álcool e algumas bizarrices. Mesmo assim, não peca na execução, justamente por ser claro e objetivo com sua proposta: mostrar um PUUUTA filme de ação. O enredo até envolve algum conflito psicológico e emocional do protagonista e suas relações com o mundo, mas não fica meloso ou tedioso. Na verdade, até agora não sei se foi por sorte, por falta de interesse em aprofundar esse tema ou uma genialidade calculista do diretor (e ator) John Favreau, mas a meu ver, tudo foi meticulosamente medido, dosado e calibrado no filme... drama, romance, ação, crítica social, comédia, excentricidade, bizarrices, patriotismo e.... "fodeza" conta? Ufa!

Parece até brincadeira, mas acho que esse foi um dos melhores filmes que eu vi nos últimos tempos. De adaptações de HQ para o cinema (das mais mainstreams pelo menos), acho que a única que chega perto de ser tão legal (a meu ver, claro) é Batman - The Dark Knight... mas são filmes com propostas BEM diferentes.

De uma maneira geral, eu achei quase tudo no filme muito bom. Dos efeitos especiais até a boa atuação de praticamente todos os principais, passando por uma trilha sonora mais do que "adequada" (com isso quero dizer "pertinente", "fitting", não desmerecendo), som bem montado e até, por que não, um bom uso de product placement e boa estratégia de marketing (bom, isso é algo fora do contexto do filme em si, que eu teria que explicar em outro post, mas estou com preguiça agora).

É, eu não consigo pensar em uma coisa ruim pra dizer do filme... eu fui com nenhuma expectativa (não que eu achasse que o filme ia ser ruim, só não fiquei pensando "caraaaaalho, esse vais er fooooda") e talvez por isso tenha gostado tanto do filme. Eu já tinha gostado BASTANTE do primeiro, mas esse, sem sombra de dúvida, é melhor.

Então, para resumir, uma lista de motivos para assistir Iron Man 2 no cinema:

1 - Scarlett Jonhanson!!! Já sabia que ela ia ser a Viúva Negra, mas minhanossasenhora, não imaginava o que estava por vir. Sem contar toda a gostosura beleza da atriz, que esbanja mistério e sensualidade no papel, ainda tem uma cena que... bah, deixa pra lá, não vou estragar o barato de ninguém. Mas digo que uma das melhores cenas de ação do filme é dela (e isso não tem nada a ver com sacanagem, hehehe).

Fala se isso não é sonho de consumo de 99,99% dos caras heteros desse mundo?


1 - Gwyneth Paltrow.Não menos interessante bela do que a senhorita de cima, a charmosa e sempre elegante atriz retorna no papel da secretária/assistente/affair mal resolvido de Tony Stark. Mesmo assim, deu vontade de ver de novo ela tão recatada, ligeiramente submissa, mas por dentro, uma mulher muito forte. Na verdade, só essas duas já tinham garantido minha ida ao cinema :P





1 - AC/DC. É, a maior parte da trilha sonora é de músicas desses carinhas. Bom, em relação a isso, nem tenho muito mais o que comentar, tenho?

1 - Daft Punk. Em uma cena particular, toca Robot Rock... e, bom, é legal bagarai (a música e a cena).

1 - Jon Favreau. O cara mandou muito bem na direção do filme, e ainda por cima reprisa o papel mais do que cômico do chauffeur/"mordomo"/treinador de boxe/pau-pra-toda-obra/capacho.

1 - Mickey Rourke, ou Whiplash, tanto faz. O cara é meio esquisitão, mas faz uma excelente atuação como um... esquisitão doido alucinado. Aliás, o último papel dele também foi meio "nóia" e igualmente excelente, na pele de Marv em Sin City.

1 - Armaduras, muitas armaduras (spoilers ahead, beware!). Na teoria, 3 são "o Homem de Ferro", mas no final das contas, dá pra ver, no mínimo 8 armaduras diferentes no filme, 5 em ação: MARK I - uma réplica ou reconstrução do primeiro modelo (esse sim, o homem de FERRO, que Tony usa para fugir do cativeiro no primeiro filme); a Mark II propriamente dita (usada e roubada pega de empréstimo por Rhodes); o que sobrou da Mark III (praticamente destruída no final do 1o filme); a Mark IV, a armadura principal do filme; Mark V ou Briefcase Suit, uma alternativa portátil e de emergência; War Machine, pilotada por Rhodes, que, na verdade, é a Mark II "pimpada"; e el gran finale, a versão foda do Whiplash, meio que à lá Iron Monger, mas umas 20x mais malvado.

1 - Robert Downey Jr. a.k.a. Tony Stark, a.k.a. Iron Man. É isso mesmo. O cara é praticamente "O" Tony Stark. Promissor, decadente, esquecido e depois deu a volta por cima. Mesmo sem entrar no mérito de sua vida pessoal, ele faz uma excelente atuação no papel do playboy que no fundo é um cara legal.

Bom, é isso. O quê? É mesmo... todos os ítens são número 1.... Bom, eu não conseguia pensar em qual seria o melhor e nem o "menos melhor" dentre os melhores motivos para ver o filme, então eu coloquei todos como 1. É, no final é só somar... 1+1+1+...

Bah...

Assiste o filme que vale a pena.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

(sem título)

Cansado da mediocridade e ignorância,
Da pobreza de espírito,
Da falta de consciência.

Dessa violência moral,
Cultural,
Desnecessária...

Homicídio das idéias,
Do saber,
Do engenho e do labor.

Agressão gratuíta e desnecessária.
De irritações injustificadas,
A morte lenta do bom humor,
Do prazer.

Prefiro viver para sofrer
A sofrer para viver.

Por isso eu amo
E aprecio com calma
A beleza de cada pequena coisa
Com sua simplicidade tosca.

E rio
Com a paciencia que já não sabemos cultivar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Under black skies

Under black skies,
A thick, salty rain pours.
Dark as the night,
Dark as shadow,
Pitch black, colorless despair.

He's tired,
He's sick.
He's struggling,
He seeks.

Drowning in his drowsiness,
Swimming against the strong tide.
Shoulders heavy, arms tired.
Should not shudder, but he does.

Forever fever,
Restless mind.
Weakened body,
Wounded pride.

He floats,
Swims,
He's drowning,
Barely breaths.

Closing eyes,
Under a black roof,
Lost in a black sky.

There are lights.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sob a chuva

Sob a chuva

Sob a chuva que cai,
Sobe a chuva para cair.

E Sol e chuva
Outra vez.

Clima indeciso,
Não sabe se sorri um raio quente
Ou se chora gotas frias

E continua chovendo.

A chuva havia parado,
Mas resolveu voltar.

E voltou com a força de mil torrentes
Uma simples garoa.
Desfaz lares,
Destrói sonhos e esperanças,
Esfria os corações mais quentes.

Leva com sua força desesperada
O que houver no caminho,
Sem se importar
Com a dor alheia.

A chuva voltou.
Mas não vai durar para sempre.
Uma hora a chuva acaba
E é hora de recomeçar.

Corações alagados se recuperam,
Poças secam.

Se não quiser se molhar,
Procure o Sol,
Procure o Sol.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Phuck... I mean, duck... oh, whatever....

O ano mal começou e eu já tô deprê... não que eu queira cortar os pulsos nem nada, mas várias coisas frustrantes que aconteceram nos últimos dias me fizeram pensar... baladas miadas, computadores que pifam, planos de viajar que não dão certo e por aí vai...


Ano passado não foi exatamente um ano ruim, mas foi um ano estranho. Foi um ano que eu me diverti tão pouco que quase não senti o tempo passar. De repente o ano estava acabando mais uma vez. Minhas lembranças das festas do final de 2008 são tão vivas e tão frescas na minha cabeça quanto as de agora.


Uma das coisas que eu já percebi e disse algumas vezes foi não ter ido a nenhum show ou concerto ano passado. Para não dizerem que eu estou mentindo, fui na inauguração do Teatro Bradesco, com uma apresentação muito boa, embora curta, da Jazz Sinfonica. E já no finalzinho do ano eu fui ver o Teatro Mágico no Parque da Uva em Jundiaí.


Mas mesmo assim, apesar de prazerosas, nenhuma dessas experiências foi boa o suficiente pra me fazer sentir toda aquela tensão, aquela expectativa, aquele êxtase que eu costumava sentir quando ia nos shows. Acho que somado a isso foi a própria frustração de não ter ido a nenhum show ano passado, não porque não houve nenhum show bom, mas simplesmente porque eu acabei não indo.


De cabeça posso dizer 3 shows que perdi e que queria muito ter ido: Iron Maiden (perdi o de 2008 tb), Kiss, AC/DC. Sem contar o Radiohead, que eu tava com o ingresso comprado e não fui porque operei de apendicite no dia anterior... vai falar em zica.


Na verdade, 2008 também não foi um ano excelente no quesito shows... eu tive duas experiências frustrantes com bandas muito boas: DT no estacionamento do Credicard Hall, e do Ozzy no Palestra Itália (Pq. Antarctica). Depois vi o show do Avantasia, que foi bom, mas fui sozinho e peguei uma platéia (fiquei sentado), então também não deu pra sentir aquela "coisa"  (só um arrepio casual em algumas músicas). E no final do ano teve o do Madonna, que foi bem legal, mas em uma pegada bem diferente :P


Aí hoje eu resolvo pôr o DVD do Ritualive do Shaman... que foi um PUTA dum show, que, inclusive eu fui.
E só de ouvir a intro (Ancient Winds), eu me arrepiei e pensei "CARALHO!!!". Credicard LOTADÍSSIMO... puta muvuca, som bom, setlist fudido, show gigante, convidados especiais... e foi o único show que eu consegui ver com quase todos os meus amigos juntos, além de uma companhia especial.


Sem contar que o ingresso para essa monstruosidade custou míseros 15 REAIS!!! PASMEM! Quinze reais para ver mais de 2 horas e meia de música, com Andi Deris, Sascha Paeth, Michael Weikath, Tobias Sammet e Marcus Viana? Por um show completo com direito a solo de bateria, pirotecnia e tudo?


Shaman é uma banda que eu gosto, mas tá longe de ser minha banda favorita (que agora no momento eu acho que não saberia dizer qual é), mas com certeza, levando em conta todos os fatores, levando em conta a experiência como um todo, esse foi o melhor show que eu já fui, com certeza!


Eu acho que é algo assim que eu to precisando... acho que eu sou viciado em show! Acho que eu preciso de um show pra pirar um pouco, pra aliviar, pra relaxar, pra esquecer, pra curtir, pra sair dessa mediocridade... argh!


Já que eu entrei nesse assunto, vou fazer a lista do top 10:



10 - Avantasia - Credicard Hall, São Paulo - 22 de junho de 2008
- Motivos: O último lugar é o mais difícil. Fica aquela dúvida, qual show deve ser o último privilegiado a entrar nos top 10? Depois de muito pensar, pelo menos no momento, vai ser um dos shows que salvou o ano de 2008 para mim. Acho que no mundo do Metal, pouca gente acreditava que um dia haveria um tour do Avantasia (e não só uma música bônus num show do Edguy ou Shamaan). A grande dúvida era o line-up, que estava muito bom por sinal, quase inacreditável: Oliver Hartmann, Sascha Paeth, Miro, Amanda Somerville... Vi sozinho e sentado, mas não importa, deu pra curtir demais.

9 - Madonna (Sticky & Sweet) - Est. Morumbi, São Paulo - 20 de dezembro de 2008
- Motivos: ela é a Rainha do Pop. Melhor show que fui em termos de produção, a própria definição de "espetáculo". A setlist foi justa e decente, cobrindo diversos clássicos de diferentes fases, sem ficar muito na tranqueira eletrônica/pancadão-demais-para-o-meu-gosto mais recente. Gostei bastante da parte gipsy do show. De uma forma geral, uma energia muito gostosa, pra cima, alegre, apesar da chuva. De bônus, abertura do Paul Oakenfold.

8 - Deep Purple (com Sepultura e Hellacopters) - Est. Pacaembú, São Paulo, 20 de setembro de 2003
- Motivos: Ouvir Smoke in the water em um coro uníssono de mais de 30 mil pessoas já seria suficiente. Contact lost, Sometimes I feel like screaming, Burn, Highway star... De galho ainda deu pra curtir um Toys and Flavours e outras coisas do Hellacopters... bom, do Sepultura tenho que admitir que não deu pra "ver"  muita coisa, hehehe...

7 - Live 'n Louder 07 - Est. Canindé, São Paulo, 12 de outubro de 2005
- Motivos: Eu nem conhecia metade das bandas, mas não importava, porque me interessava mesmo apenas 3: Shaman, Nightwish e Scorpions. Como se precisasse dizer mais alguma coisa... mas também conheci Rage nesse festival. Fora que fui com um pessoal diferente. Foi, no geral, uma experiência diferente.

6 - Empatado: Rhapsody e Scorpions
Rhapsody (Dawn of Victory) - Via Funchal, São Paulo, 21 de julho de 2001
- Motivos: bom, foi meu primeiro show e por muito tempo foi o meu preferido, até eu ter a felicidade de ir em shows muito fodas. Rhapsody foi a banda que me levou pro lado do metal, que acabou me levando pro rock progressivo e aí abri minha mente para tantas outras coisas. O show foi legal, as músicas foram legais, apesar do som estar bem ruim e o microfone ter falhado, mas mesmo assim, o primeiro show a gente nunca esquece.

Scorpions (Humanity) - Credicard Hall, São Paulo,14 de agosto de 2007
- Motivos: Dois dias antes do meu aniversário e duas semanas antes de viajar e ficar 6 meses na Espanha, um amigo muito querido (por sinal, o mesmo com quem assisti o do Iron) me chamou de tarde perguntando se eu queria ir. Topei, peguei meu carro e saí umas 20h da minha casa para passar na casa dele e ir pro show (que começava as 21h30). Nenhum dos dois tinha ingresso, compramos na hora com um cambista. Fomos sem pretensão nenhuma e acabamos curtindo pra caralho. Outro show assim não cairia mal.

5 - Aerosmith (2007) - Est. Morumbi, São Paulo, 12 de abril de 2007
- Motivos: Bom, pra começar, é Aerosmith. Em termos de produção não foi nenhum U2 ou Madonna, mas chegou perto. O show em sí foi ótimo e teve vários clássicos. Acho que também por não ser nem heavy metal nem pop demais, apenas puro rock, foi uma experiência um pouco diferente do que eu estava acostumado até então.

4 - Iron Maiden (Dance of Death) - Est. Pacaembú, São Paulo - 17 de janeiro de 2004
- Motivos: caralho, esse show foi foda. Foi um show pra curtir, e curtir eu fiz. Estava com um dos meus melhores amigos e minha (na época) namorada. Nem ligo muito para o fato de não ter conseguido ver quase nada, porque foi muito foda. E tem história pra contar esse show. Frango Maiden na veia!


3 - U2 (Vertigo 08) - Est. Morumbi, São Paulo, 21 de fevereiro de 2006
- Motivos: U2, hum... U2... U2? Bom, fora isso, o que mais dá pra falar? Puta estrutura animal (luzes, telão, som bem ajustado), setlist fudido, Bono... Ah, claro, sem contar que quem abriu foi Franz Ferdinand e que eu estava com uma companhia mais do que especial. Se não tivesse concorrentes tão bons, seria fácil o número 1.

2 - Dream Theater (Octavarium) - Credicard Hall, São Paulo, 10 e 11 de dezembro de 2005
- Motivos: pra começar, eu conto como um show só, porque não é como aqueles shows que são a mesma apresentação em datas diferentes. Os setlists foram quase completamente distintos (que me lembre, só tocou umas 3 músicas iguais nos dois dias). O primeiro dia foi mais focado no Octavarium, o segundo tocou umas clássicas e o Metropolis Pt 2. Scenes From a Memory INTEIRO, de cabo a rabo, e ainda uma medley com Learning to Live e a Pull Metropolis. Fenomenal. Sem comentários.

1 - Shaman (Ritualive) - Credicard Hall, São Paulo, 5 de abril de 2003
- Motivos: casa cheia, ótima companhia, convidados especiais, muitas horas de música, preço camarada, som excelente (claro, tavam gravando o DVD), além da expectativa havia também uma "vibe"  muito boa nesse show, não dá pra explicar...

Menções honrosas e "quase-lá" (sem ordem particular):
- Dream Theater (Chaos in Motion 07/08) - Palacio de Deportes, Madrid, 3 de novembro de 2007
- NOFX - La Riviera, Madrid - 17 de novembro de 2007
- Sonata Arctica (com Epica e Ride the Sky) - La Riviera, Madrid - 16 de novembro de 2007
- Kamelot & Epica - Via Funchal, São Paulo - 3 de dezembro de 2005
- Gamma Ray & Masterplan - Via Funchal, São Paulo - 29 de novembro de 2003
- Blind Guardian - Via Funchal, São Paulo - 10 de agosto de 2002
- Nightwish - Credicard Hall, São Paulo - 20 de julho de 2002

Há também dois espetáculos são realmente muito bons, mas que eu não acho que se encaixam na categoria "show", mas algo parecido com "espetáculo musical": Blue Man Group e Delirium (Cirque du Soleil). Vi ambos em 2007, o primeiro no CCHal e o segundo no Pal. de Deportes de Madrid.


Esse é um ano que promete.O ano mal começou e já tem boas coisas confirmadas: Metallica, Cranberries, Coldplay, Franz Ferdinand, A-ha, Epica...

Alguém querendo fazer companhia?