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domingo, 15 de novembro de 2009

Depois da chuva

Depois da chuva

Em tempos estranhos,
Quando o Sol arde todos os dias,
Por horas a fio,
Dentro e fora do Coração,

No meio do mar de embriaguez,
Veio a chuva fina,
Que virou tormenta.

Ela cumpre seu papel.
E mesmo chovendo,
Ela secou os rios de prantos,
E dissolveu a dor
No Oceano da lucidez.

A chuva lava:
Molha,
Limpa,
E seca.

E hoje,
Depois de tudo,
Choveu.

E eu estou limpo.

Posso dormir em paz.

Amanhã eu acordo,
Levado,
Lavado,
Pelo som da chuva de hoje.

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