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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em algum lugar do passado


Às vezes desejo resgatar momentos, lembraças, hábitos. Madrugadas frias de pão e vodca, manhãs claras de insônia, tardes suadas de prazer, ocasos deprimentes de nostalgias inexplicáveis.

Tenho sentimentos que não sei descrever, sensações que não consigo dizer seus nomes, impressões que não sei de onde vêm. Queria poder entender, poder explicar. Mas às vezes a única coisa que sei é que tenho saudade de coisas que não sei o que são. Apenas saudades de um passado que sei que nunca vai voltar.

O calor de preguiça das tardes de sol claro - não tão quente, morno, ameno.
A cor fraca do céu azul, a sombra branca de nuvens transparentes, o verde vivo da grama.
O brilho da vida refletido na superfície da água.
O vento sempre presente. Ora uivante de paixão, ora brisa de carícia.
O som hipnotizante da música das cigarras.

Tive muitos momentos de solidão, de profundas tristezas que nunca consegui compreender. Sempre me senti sozinho e agi de acordo. Vivi sozinho, recluso em meu universo particular.

Em algum lugar do passado eu me perdi. Em algum lugar do passado eu pedi. Um futuro. Brilhante, talvez.

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