Depois do leite morno,
anestésico,
do cigarro contorcido
no estalar aliviado
dos dedos do pé,
quando bate no fundo
da cabeça
a leveza pesada
e os olhos,
cansados como escravos
da mente,
sucumbem
ao destino,
o eterno sonho.
O corpo afunda
no lago calmo
da consciência,
onde a mente flutua
no menisco serene,
superfície da alma.
Me rendo,
me entrego ao nada.Posso enfim partir
rumo ao Vazio.
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