Páginas

sábado, 1 de outubro de 2011

cinco menos quarto

Depois do leite morno,
anestésico,
do cigarro contorcido
no estalar aliviado
dos dedos do pé,

quando bate no fundo
da cabeça
a leveza pesada
e os olhos,
cansados como escravos
da mente,
sucumbem
ao destino,
o eterno sonho.

O corpo afunda
no lago calmo
da consciência,
onde a mente flutua
no menisco serene,
superfície da alma.

Me rendo,
me entrego ao nada.

Posso enfim partir
rumo ao Vazio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário