Páginas

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Devaneio anônimo XI

O corpo dói na febre
que derrete os ânimos;
a carne, batida,
traz o gosto forte,
amargo, do martelo
da dor e má sorte;
os ossos, moídos,
liberam o cálcio
à terra, a morte,
desabar do castelo,
ruínas de paz e ócio;
os fluídos escoam,
dos orifícios vazam,
os ruídos de sujeiras
em bueiros ecoam;
o bicho, mole,
não resiste,
cai em desgraça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário