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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Devaneio anônimo VIII

Um grito articulado,
cem patas que arranham
a garganta (como aranha
engolida a seco) no áspero asco,
riscam sons sôfregos
com a ponta fina de pena, dura
como pena de morte.

Um grito calado,
oprimido pela força
elástica do sorriso
de músculos rijos
em continência,
capatazes sádicos
da ordem
Sobrevivência.

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