Amor
é tão cliché
quanto a rima
à dor;
piegas
como mimos
mínimos;
brega igual
cartas floridas
em papel perfumado;
comum
em letras e cenas;
doce
como bombons
baratos;
o resquício, porém,
é amargo,
gosto residual
de morangos mofados.
Amor
é quente
como sangue
e frio
como a palma
da mão.
Uma palavra
apenas.
Prelúdio do fim,
interrompido,
para que se
complete
o meio
(a dois,
um inteiro).
Amor é...
mora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário