Se sair,
o vírus pega.
Se ficar,
o vírus some.
Se pegar,
só há espera:
Esperar
que não demore
- a tolice
de quem nega,
a demora
sente fome.
Pedir
retorno à norma.
Desespero
que não tem nome.
Torcer
pra que melhore
a agonia
dos que descobrem,
angústia
dos que já sofrem.
Paz eterna
aos que morrem.
sábado, 18 de abril de 2020
(sem título)
Dos átomos de carbono,
a ligação, alquimía,Estrutura,
Movimento,
Energia,
O Ar
que respiro
(e também o vírus),
tudo ao redor,
visível ou não,
do Sol
ao chão,
do solo,
o Pão.
Eu
e meu irmão,
bicho, planta, bactéria:
prosperar, reproduzir
- transmutar matéria -
Evoluir.
(31/03/2020)
---
Poema livre, baseado no tema "Natureza".
Fotopoema disponível em: https://www.instagram.com/p/B-bFF9gHDHl/
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Brado Retumbante
(ou Trova do Bravo)
Desafia a própria morte,
quem luta por igualdade:
Protege a braço forte
o seio da Liberdade.
Desafia a própria morte,
quem luta por igualdade:
Protege a braço forte
o seio da Liberdade.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
No name
See through the invisible cloth of
chance,
the fibers of matter intertwined in a
braid of possibilities.
All the emptiness aligned,
reason once tangled in disbelief,
cross closed doors
and get sucked by the vortex of
reality.
In the darkness, there's only you.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Devaneio Anônimo XV
Perder-se no eco
-distante
daz vozes magras
a produzir
fala
incompreensível.
Saber o contorno
dos próprios destinos.
Falar ao branco absoluto.
Criar mundos vazios,
artificiais,
infinitos,
indefinidos,
surreais.
As luzes na rua,
as linhas
- paralelas;
- transversais;
- emaranhadas;
os traços do nada;
os faróis nos olhos
e os olhos na cara.
As regras do dia
não valem
à noite
quando o seu relógio
e o de ponteiro
não se acertam.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Release
The Old Way,
the same way,
Another day,
predictable
decay.
Stiff muscles
stubborn brain,
neverending pain.
Say once again
- what I already know
maybe not in vain
if you achieve your goal.
Why can't let it go?
Scars won't close,
your true self will show.
Death is coming,
certain but slow.
Someone help me,
get us out of here.
My eyes cannot see,
my ears cannot hear.
Touch me then
and release me
from my fears,
from the Spell
- so I can finally
move.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Trapped
The cold chains of fears,
tight ropes and hopes.
The ghost pain draws near,
doubt on faith stomps.
Fixations so dangerous,
for they betray the heart.
Blind pride so venomous
can break the soul apart.
Right is just one direction,
not a position or a place;
for when it turns obsession,
Left is an objection to face.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Art_fictional
Walking through empty streets
the dull landscape fades
from ether to concrete:
the city is being built
- the world constructs itself,
the codes are loaded,
the parameters are set,
the rules are stablished,
the goals are defined,
the stage is unveiled,
the plot is revealed,
the roles are given -
skyscrapers appear
in clusters of tall jaggy lines,
frames of programed void,
- artificial
intelligence,
- virtual
reality,
a believable
lie.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Saudade
É aquele vento
que balançava seus cabelos
e de vez em quando
vem frio de madrugada
desmanchar os meus pêlos,
tomar-me o direito ao sono,
roubar o calor do sangue,
desestabilizar os ossos,
sufocar os alvéolos,
embriagar os neurônios.
Saudade é idéia que não morre,
a imagem torta pintada
nas paredes invisíveis da confusão.
Saudar sem saúde
a eloquência esquizofrênica
de um sonho senil.
Saudade
é um sorriso
vencido.
The Last Embrace
Edvard Munch - Amor e dor (Love and Pain ou The Vampire)
Before you devour me,
before hunger and anger
consume
any trace of sanity,
before the frenzy
- the blood-driven trance,
before you sink your teeth
in my corrupted flesh,
before you dismember me
- in blind ecstasy,
before you feast on my bowels,
can't we just stay a little like
this?
Can we just be who we were,
even if it's just for a second?
Before our worlds fall apart,
can you hold me in your arms one last
time?
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