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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Devaneio Anônimo XV


Perder-se no eco
-distante
daz vozes magras
a produzir
fala
incompreensível.

Saber o contorno
dos próprios destinos.

Falar ao branco absoluto.

Criar mundos vazios,
artificiais,
infinitos,
indefinidos,
surreais.

As luzes na rua,
as linhas
- paralelas;
- transversais;
- emaranhadas;
os traços do nada;

os faróis nos olhos
e os olhos na cara.

As regras do dia
não valem
à noite

quando o seu relógio
e o de ponteiro
não se acertam.

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