É aquele vento
que balançava seus cabelos
e de vez em quando
vem frio de madrugada
desmanchar os meus pêlos,
tomar-me o direito ao sono,
roubar o calor do sangue,
desestabilizar os ossos,
sufocar os alvéolos,
embriagar os neurônios.
Saudade é idéia que não morre,
a imagem torta pintada
nas paredes invisíveis da confusão.
Saudar sem saúde
a eloquência esquizofrênica
de um sonho senil.
Saudade
é um sorriso
vencido.