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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dias claros

Dias claros

Acordei de uma noite sem sonhos,
Mas o dia foi pura ilusão.

Meus olhos não ouviam,
Meus ouvidos não enxergavam.

As luzes corriam,
Passavam por mim.
Só os vultos eu sentia.
Palpitou meu coração.

Escadas espirais,
Torciam minha mente.
Descentendes,
Meus joelhos em dor.

Um lar que deixei para trás.
Minha parede amarela,
Minha janela sem trinco,
Mais um teto não familiar.

Dias claros em câmaras escuras,
De sonos profundos,
De choros suados,
Em céus apagados.
Mais um chão sem telhado.

Quero me perder de novo
Nos cantos do esquecimento
Para afogar de vez
As mágoas do sofrimento.

Já não sei jogar
Meus próprios jogos.
Funâmbulo incorrigível,
Otimista deprimido.

Quero ver de novo
Pelo prisma de um sorriso
Dia claro de alegria,
De calor e nostalgia.

O Sol pela janela.

2 comentários:

  1. Porra velho, valeu!

    Só fico meio chateado que praticamente ninguém lê isso. Tudo bem, eu quase não divulgo e já abandonei o blog várias vezes. Acho que as pessoas nem se lembram que eu tenho um blog.

    Mas pretendo mudar isso. Vai ser minha voz passiva. Meu confessionário e palco (hehehe, na verdade, isso já é propaganda de um futuro post).

    Bom, obrigado pelo elogio. E pelo comentário também. É bom.

    Abraço

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