Dias claros Acordei de uma noite sem sonhos, Mas o dia foi pura ilusão. Meus olhos não ouviam, Meus ouvidos não enxergavam. As luzes corriam, Passavam por mim. Só os vultos eu sentia. Palpitou meu coração. Escadas espirais, Torciam minha mente. Descentendes, Meus joelhos em dor. Um lar que deixei para trás. Minha parede amarela, Minha janela sem trinco, Mais um teto não familiar. Dias claros em câmaras escuras, De sonos profundos, De choros suados, Em céus apagados. Mais um chão sem telhado. Quero me perder de novo Nos cantos do esquecimento Para afogar de vez As mágoas do sofrimento. Já não sei jogar Meus próprios jogos. Funâmbulo incorrigível, Otimista deprimido. Quero ver de novo Pelo prisma de um sorriso Dia claro de alegria, De calor e nostalgia. O Sol pela janela.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Dias claros
sábado, 18 de setembro de 2010
Scarpins, sinos, cigarros
Scarpins, sinos, cigarros
Dia qualquer,
Qual quer noite.
Ela morna,
De amenos sopros.
Linhas que espreitam,
Esperam certo
Êxtase contido.
A música boa.
Danças tímidas.
Feixes revelam
A silhueta,
Clara.
Três almas
Amigas, simpáticas.
Mãos dadas
Atadas.
Dois elos frágeis,
Um enlace.
Um espaço
Vazio.
Ombros que caem
Colos assíduso
Verbos apócrifos
Impulsos contidos.
Sussuro
Suspiro
Silêncio.
Socorro.
Atos esmeros.
Atos desesperados.
Atos sinceros.
Atos desperdiçados.
Atados.
Trilhas
Sem rumo.
Tropeços simulados,
Caídas, flagelos.
Dores insensíveis,
Insensatas.
Superáveis.
Ruas vazias.
Ruas difíceis.
Íngremes,
Impossíveis.
Áreas abertas.
Nenhum camínho
Visível.
Palavras trocadas,
Bocas que buscam
Constantes.
Trocadilhos errantes.
Os andarilhos de antes.
Gestos de compaixão.
Gostos por solidão.
Grifos de certa opinião.
Pedras no sapato.
Calos nas veias.
Rouquidão.
Nova mente
Dia.
Cinza azul.
Garoa de lágrimas
Quase secas.
Correm ao Sul.
Aprender-á
Apreciar o frio.
Calçados incômodos
Sob, traem.
Números incompatíveis,
Atrasos.
Aurora, sem mês
Outra hora, talvez.
Sapatos que servem
Apertados.
Um direito,
Outro por tê-lo.
Sobre linhas de cobre,
Ipês rosas
Descobrem
Manhãs de inverno.
Caminhada certa
Até o ponto.
Um ponto qualquer.
Um ponto que sirva.
Um ponto
Indivisível.
Os scarpins de ninguém.
O sino deles, uma sina quem sabe.
Os nossos cigarros.
As minhas palavras.
O meu ponto.
Etc.
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