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sábado, 26 de novembro de 2011

Devaneio anônimo VI

A passagem,
mundos distantes,
verdadeiro espelho,
realidade ou miragem?

A paisagem,
escadas infinitas,
pernas compridas
dos sonhos, a imagem.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Repent

I regret loving you too much
as much as I can regret
not loving you enough.

I wish I was stronger
enough to not hold on to you.
I wish I had held you
firmly (but gently)
enough for you to stay.

And I'm sorry for running away.
I'm sorry for not running to you.

So many things I did wrong.
So much you didn't do it right.

The things I said did matter,
but the ones I didn't say
could have made
all the difference.

I feel ashamed.
I feel guilty.
I feel lonely.

And most certainly:
I feel for you.

Thus I repent.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Terror II

Fumaça,
estopim,
ameaça,
é o fim.

Balas
ácidas,
falas
tácitas,
e a razão
vencida.

Surdos
a bufar,
curdos
a rufar;
infantes
imprudentes.

Os muros do castelo
são de areia, cedem.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Terror I

Cala-te e some,
apavora-te ante o peso
da farda,
do costume,
das convenções.

Abaixa essa cabeça,
mira apenas o chão sujo
de migalhas de sonhos alheios
devorados
pela impiedade
do imediato.

Dança ao bolero
das sirenes.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Porcelain skin

When you stare
steadily at my mask,
what do you really see?

The ornaments there,
standing at their task;

The surface aware,
never hesitating to ask;

Or the hollow rear,
guarding like a flask
the frail blood within me?