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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sobre o amor


Amor
é tão cliché
quanto a rima
à dor;

piegas
como mimos
mínimos;

brega igual
cartas floridas
em papel perfumado;

comum
em letras e cenas;

doce
como bombons
baratos;

o resquício, porém,
é amargo,
gosto residual
de morangos mofados.

Amor
é quente
como sangue
e frio
como a palma
da mão.

Uma palavra
apenas.

Prelúdio do fim,
interrompido,
para que se
complete
o meio
(a dois,
um inteiro).

Amor é...
mora.

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